Vendas de artesãos mineiros chegam a quase R$ 400 mil na 23ª Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha

Com o apoio do Governo de Minas, evento promovido pela UFMG atende mais de 800 artesãos que comercializaram cerca de 8 mil produtos

A 23ª Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha foi mais um evento de sucesso de comercialização neste ano, contando com o trabalho de mais de 800 artesãos mineiros apoiados pelo Governo de Minas. Entre os dias 23 e 28/9, essa edição do evento promovido pela UFMG, em Belo Horizonte, celebrou o centenário de nascimento de Dona Izabel, ceramista e mestra de ofício do Vale que tornou o trabalho da região reconhecido internacionalmente.

Ao todo, foram 8.817 produtos comercializados, resultando um valor de aproximadamente R$ R$ 391 mil em vendas, o que inclui peças de arte popular, utilitárias e adornos, além de alimentos típicos produzidos de modo artesanal. Promovendo o seu trabalho durante seis dias de evento, os artesãos da região contaram com o apoio, institucional, executivo e logístico da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), em parceria com o Sebrae Minas

“O objetivo do Governo de Minas é acima de tudo efetivar o trabalho desses profissionais e facilitar a comercialização dos produtos, já que é uma renda importante para os artesãos. Por isso, nossa equipe da Sede-MG não mede esforços no apoio aos eventos que levam prosperidade para esses mineiros,” ressalta o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.

Da arte ao empreendedorismo

Cerca de 50 associações de 27 municípios do Vale do Jequitinhonha estiveram representadas nos trabalhos comercializados na feira realizada no campusPampulha da universidade. As peças vendidas incluem bonecas, croches, cerâmicas, esculturas em madeira, peças em fibras e até produtos típicos da culinária da região. 

Por meio desses produtos, esses trabalhadores mineiros complementam sua renda e, em muitos casos, constituem o sustento principal de suas famílias, como é o caso de Inácio José de Souza Neto, do município de Medina. O artesão é reconhecido pelas suas peças em madeira que foram um dos destaques da feira.

“Há 10 anos trabalho com o artesanato e sempre contando com o apoio do Governo de Minas. Além do artesanato trazer uma renda, também nos dá o prazer de estar viajando e conhecendo novos lugares, como está sendo o caso de Belo Horizonte. É mais um destino que a minha profissão me levou”, expressa. 

O evento

Com edições realizadas desde o ano 2000, a Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha promove um intercâmbio cultural entre o saber acadêmico e o tradicional. Ao longo dos anos, o evento se firmou como um importante espaço de valorização e comercialização das produções dos artesãos da região. 

Nessa 23ª edição, o evento homenageou os 100 anos da mestra dona Izabel Mendes da Cunha, que era natural de Córrego Novo, uma pequena comunidade rural próxima a Itinga. Criadora das famosas moringas-bonecas, reconhecidas e valorizadas mundialmente, ela abriu espaço para que diversos artesãos da região pudessem ter seu trabalho reconhecido em feiras e exposições.

Presentes no evento, as artesãs Iza Matos e Goreth Vieira, reforçaram a importância do trabalho de Dona Izabel da Cunha para esses profissionais do Vale do Jequitinhonha.

“Acreditamos que o trabalho de todo artesão tem inspiração no legado que ela passou a toda comunidade de Artesanato, e isso nos mostra como poder e a força da mulher é importante”, destacam as artesãs de Itaobim. 

Fonte: Agência Minas

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