
As ruas de Minas Gerais se encheram de cores, música e alegria com os blocos e atrações do Carnaval 2025. Enquanto os foliões celebravam, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) atuava de forma estratégica para garantir que a festa ocorresse com segurança e tranquilidade.
Com o efetivo ampliado e a adoção de medidas preventivas e educativas, a instituição reforçou sua presença para proteger a população e assegurar um atendimento ágil das ocorrências.
Reforço
Para fortalecer a segurança nos dias de festa, a PCMG mobilizou cerca de 6 mil servidores em todo o estado. As delegacias de plantão, tanto na capital quanto no interior, também foram reforçadas para garantir atendimento ininterrupto durante os dias de folia.
A Central Estadual do Plantão Digital (CEPD), em Belo Horizonte, por exemplo, teve atuação intensificada, agilizando o registro de ocorrências e otimizando a resposta policial.
Além disso, unidades especializadas, como a Coordenação Aerotática e a Coordenação de Operações com Cães, deram suporte às ações operacionais.
Atendimento e prevenção
A PCMG não apenas reforçou sua presença nas ruas, mas também investiu em ações que a aproximou ainda mais da população. A Delegacia Móvel foi instalada em ponto estratégico da capital, na Praça Sete de Setembro, no hipercentro de Belo Horizonte, oferecendo atendimento rápido e eficiente aos foliões.
Paralelamente, a Delegacia Virtual teve ampla divulgação, permitindo que crimes como furtos, estelionatos e acidentes sem vítimas fossem registrados de maneira prática e ágil, além do registro de perdas de documentos.
“Depois do não, é crime, uai!”
Campanhas educativas também marcaram as festividades. A iniciativa “Depois do não, é crime, uai!” levou para as ruas conscientização sobre a violência contra a mulher e a importunação sexual, alertando sobre a importância da prevenção e do respeito.
Materiais informativos foram distribuídos nos blocos e divulgados nas redes sociais da PCMG, reforçando os canais de denúncia e apoio às vítimas.
A atuação especializada da PCMG priorizou, ainda, o atendimento às mulheres, garantindo resposta rápida e precisa em ocorrências complexas para prevenir crimes como importunação sexual. Na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), profissionais de diferentes carreiras atuaram em regime de plantão para acolher vítimas de violência com atendimento humanizado e qualificado.
Policiais civis também integraram os serviços de acolhimento às mulheres em duas vans, uma na Praça Sete e outra na Praça da Savassi.
Balanço operacional
Ao longo do Carnaval, a PCMG instaurou 4.667 procedimentos de polícia judiciária em todo o estado, de sexta (28/2) a terça-feira (4/3), sendo lavrados 377 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs), uma variação percentual em menos 27% aproximadamente em relação ao último ano.
Além disso, foram realizadas 1.505 prisões em flagrante em Minas, aumento em pouco mais de 10% em comparação a 2024. Além disso, a instituição expediu 538 medidas protetivas de urgência e instaurou 722 inquéritos policiais para aprofundar investigações de diversos crimes.
Nesse contexto, dados divulgados pelo Governo de Minas dão conta de uma redução em furtos e roubos – em 39,3% nos roubos em Minas (de 173 para 105) e de 6,2% na capital (de 65 para 61) em relação ao Carnaval do ano passado, no período de sábado (1/3) a terça-feira (4/3). Os furtos de aparelhos, por sua vez, alcançaram redução de 17,5% em todo estado, passando de 1.621 para 1.338 ocorrências. Em BH a queda foi de 14,8% – de 1.281 para 1.091 ocorrências registradas.
Da mesma forma, a importunação sexual, grande preocupação do Governo de Minas e alvo de inúmeras ações preventivas em várias frentes, apresentou redução de 27,9% em todo o estado: 61 registros em 2024 para 44 ocorrência neste Carnaval. Em Belo Horizonte, o número se manteve: foram 13 ocorrências registradas tanto em 2024 como em 2025.
Os registros de estupro e de estupro de vulnerável também apresentaram queda, tanto na capital quanto no estado. Os dados compilados apontam que os registros de estupro em Minas passaram de 24 para 13 ocorrências – redução de 45,8%. Em BH, o comparativo mostra redução de 80% (de cinco para uma ocorrência registrada no período). Já o estupro de vulnerável passou de 37 ocorrências em Minas, em 2024, para 23 neste ano (redução de 37,8%). Na capital a queda foi de 80% – de cinco para um registro.
PCMG