A Amazônia não sofria com um desmatamento tão expressivo em um primeiro semestre de um ano desde 2011. A afirmação é possível após divulgação, nessa segunda-feira (19), de dados do Boletim do Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
No primeiro semestre de 2021, foram 4014 quilômetros quadrados de área desmatada. Desses dez anos percorridos, 2018 foi o ano que teve maior supressão neste período de tempo, com 2890 km² de área suprimida na Floresta Amazônica.
Somente em junho deste ano, a Amazônia perdeu uma área de floresta de 926 km². Esse território é quase três vezes maior do que a cidade de Fortaleza, capital do estado do Ceará. Foi a terceira maior desmatada em dez anos para o mês de junho.
Além disso, o desmatamento acumulado nos últimos 11 meses, de agosto de 2020 até junho de 2021, chegou a 8.381 km². Isso significa um aumento 51% em relação ao período de agosto de 2019 a junho de 2020, que somou 5.533 km² de devastação.
Antônio Fonseca, pesquisador do Imazon, comentou os preocupantes dados divulgados. “Já vínhamos acompanhando esse aumento do desmatamento mensalmente, com recordes negativos. As áreas desmatadas em março, abril e maio foram as maiores dos últimos 10 anos para cada mês”.
Fonte: http://souecologico.com/